CONTEÚDO PATROCINADO

A equipa que trabalha para haver cada vez mais e melhor informação em português

O CLJ apoia a produção de toda a informação produzida em português no Diligente, Timor Post, Tatoli e GMN./ Foto: CLJ

A informação que lê diariamente em português em Timor-Leste tem o contributo da equipa do “Consultório da Língua para Jornalistas” (CLJ): jornalistas, editores, revisores linguísticos, tradutores, formadores de Português e Jornalismo. Nascido em 2016 com apenas dois formadores de Português para Jornalistas, o projeto não parou de crescer desde então para dar resposta às também crescentes necessidades das secções de português dos órgãos de comunicação social. O CLJ apoiou, entre 2017 e 2022, a produção de 19.358 artigos em língua portuguesa, entre notícias, reportagens, perfis ou entrevistas.

Tudo começa na sala de aula, onde os jornalistas frequentam formação intensiva de Português para Jornalistas de vários níveis de proficiência linguística e de Português Específico para Jornalistas. No caso dos profissionais de português, a formação é também dada às redações, onde os jornalistas contam com apoio diário de revisores linguísticos, bem como de professores de Português e Jornalismo. Nas redações, estão também 18 jornalistas estagiários, que frequentaram antes cursos de Português, Fundamentos do Jornalismo e Jornalismo. Conheça parte da equipa que compõe o CLJ e a sua perspetiva sobre o projeto.

“Um dos resultados concretos do projeto é a criação, por parte de sete jovens que terminaram a formação no CLJ, de um órgão totalmente em português, o Diligente”

Hermenegildo Xavier, Coordenador-Geral do CLJ

“Para se dominar bem o tétum, tem de se aprender português e, na comunicação social, é importante que os profissionais que transmitem informação aprendam a língua portuguesa para poderem informar e formar a sociedade.

A formação do CLJ é muito rigorosa e adaptada às necessidades dos formandos. Além da formação de Português para Jornalistas,  é disponibilizada formação de Fundamentos de Jornalismo e Jornalismo – Matemática para Jornalistas, Pensamento Crítico, Conhecimentos Gerais, Redação, Princípios da Profissão, Escrita Jornalística e Técnicas de Reportagem.

O projeto disponibiliza formação em sala de aula, mas também em contexto de trabalho, onde os formadores acompanham os jornalistas nas redações.

O impacto é muito positivo, porque antes os jornalistas escreviam com muitos mais erros. No  entanto, depois desta formação, os erros começaram a diminuir, em  português, mas também em tétum.

Um dos resultados concretos do projeto é a criação, por parte de sete jovens que terminaram a formação no CLJ, de um órgão totalmente em português, o Diligente.

O Governo timorense e o Camões I.P devem assegurar a continuidade do CLJ, depois de dezembro, que deverá, a meu ver, envolver também formadores nacionais.”

“Estamos sempre disponíveis para formar, mas não para substituir os jornalistas. O nosso objetivo é que escrevam melhor do que no dia anterior, que precisem cada vez menos dos formadores”

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José Monteiro, Coordenador-Adjunto do CLJ

“Os formandos do CLJ são jornalistas e profissionais do Governo da área da comunicação. Frequentar os cursos intensivos, todas as manhãs ou tardes, durante mais de dois meses por cada nível de formação, num total de vários níveis, implica um esforço muito grande, tanto para as pessoas como para os órgãos ou entidades onde trabalham. No final do dia, especialmente no caso dos jornalistas, a informação tem de sair.

No entanto, essa dificuldade não demove estes profissionais. Temos, normalmente, taxas de assiduidade acima dos 90%. Esta é a prova de que os cursos do CLJ respondem às necessidades dos jornalistas. Os estudos indicam que o principal ingrediente para um adulto aprender uma língua não materna é a motivação, que é alimentada pelo sentimento de utilidade do que aprende. Se a nossa formação não fizesse a diferença, nenhum profissional faria este esforço.

O CLJ avalia os jornalistas, a esmagadora maioria com a classificação de Bom ou Muito Bom, mas os formandos também avaliam, num questionário anónimo, a qualidade da formação. A maior parte das perguntas é pontuada com 4 ou 5 pontos, numa escala de 1 a 5.

É para isso que o CLJ trabalha todos os dias: para fazer a diferença. Toda a nossa formação – de Português para Jornalistas, de Fundamentos do Jornalismo ou de Jornalismo –  foi desenhada de acordo com estudos, que não ficaram só no papel, mas que foram ao encontro das reais necessidades dos jornalistas. Dos estudos nasceram os planos de formação e dos planos os materiais, nomeadamente os manuais ou exercícios interativos disponíveis no nosso sítio de internet. Os cursos de Português para Fins Específicos são preparados para jornalistas timorenses falantes de tétum.

Fazer a diferença é também pensar nas diferentes formas de aprender. Não deixamos ninguém para trás. Apoiamos aqueles que têm mais dificuldades de aprendizagem: damos-lhes atenção, preparamos-lhes materiais específicos. E isso sente-se na sala de aula, mas principalmente na formação em contexto de trabalho.

Procuramos trabalhar cada erro linguístico, cada dificuldade a nível jornalístico com os profissionais que escrevem em português, mesmo que isso implique que um formador de Jornalismo tenha de percorrer três redações num dia, mesmo que isso signifique sair fora de horas ou trabalhar ao fim de semana ou feriados, como muitas vezes acontece. A informação não para. Estamos sempre disponíveis para formar, mas não para substituir os jornalistas. O nosso objetivo é que escrevam melhor do que no dia anterior, que precisem cada vez menos dos formadores.

Não é um percurso fácil. Os leitores querem ver textos interessantes, sobre várias temáticas, algumas complexas até para um falante nativo, num português sem erros. Estes jornalistas não são falantes de português língua materna e o natural é cometerem erros, como 95% de aprendentes de uma língua segunda/ estrangeira, de acordo com os estudos. O caminho não se completa num ano.

Os constrangimentos desta segunda fase do projeto (entre 2021 e 2023), nomeadamente a covid-19, a dificuldade de recrutamento de formadores, doenças e hospitalizações, atrasaram, entre outras, atividades como a formação dos estagiários das secções de Português nas redações, um dos pilares do CLJ. Por tudo isto, é necessária uma continuidade do projeto, que garanta a sustentabilidade do investimento feito nestes três anos, a bem dos jornalistas, das redações e dos leitores de informação em português.”

“O CLJ fortalece a democracia e faz com que a língua portuguesa seja melhor e mais disseminada no país”

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Helson França, formador de Jornalismo do CLJ

“Tive conhecimento do CLJ através da sugestão da minha orientadora de doutoramento, que percebeu que o projeto tem muito em comum com a minha pesquisa e a minha experiência profissional, e fiquei muito interessado. Por isso, resolvi candidatar-me.

Formei em sala de aula e, atualmente, continuo a dar formação no contexto de trabalho. A rotina consiste em acompanhar os jornalistas estagiários do CLJ na produção de informação diária. Isso implica correção de textos, orientações sobre coberturas, apoio na construção de planos para entrevistas ou para textos mais investigativos, na elaboração e na edição de podcast. A estas tarefas acresce a avaliação contínua dos progressos e dificuldades que os jornalistas apresentam na formação.

É um prazer trabalhar com jornalismo e educação e muito gratificante ver que os formandos estão a produzir textos jornalísticos em português com mais qualidade, colocando em prática o pensamento crítico que é essencial na comunicação social.

Nota-se uma evolução muito nítida nos textos na Tatoli, no Timor Post, no GMN e no Diligente, que surgiu de uma iniciativa espontânea para a qual contribuiu a qualidade demonstrada pelos estagiários durante a formação em sala de aula.

Em todos estes órgãos em que há estagiários do CLJ, no período de um ano, os textos destes jornalistas estão muito melhores. Às vezes, nem parece que os textos são da mesma pessoa, tal a diferença.

O CLJ fortalece a democracia e faz com que a língua portuguesa seja melhor e mais disseminada no país. À medida que os leitores têm acesso a informação em português de mais fácil compreensão, sentem-se mais estimulados a aprender a língua e a utilizá-la no dia a dia.”

“O facto de os materiais estarem adaptados às necessidades dos formandos faz com que o trabalho seja gratificante, porque tudo o que é aprendido em sala de aula é aplicado no dia a dia dos profissionais e podemos ver resultados concretos”

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Elísia Ribeiro, formadora de Português (atualmente na redação)

“O CLJ é um projeto muito bem organizado e com resultados concretos. O facto de ter diagnosticado as principais necessidades formativas, antes de construir a formação, revela uma verdadeira preocupação com os beneficiários. Enquanto formadora de Português em Timor-Leste, considero que esta é a forma mais apropriada para que um projeto tenha sucesso. Não podemos construir um projeto, planos de formação e manuais sem conhecermos as necessidades do público-alvo.

O facto de os materiais estarem adaptados às necessidades dos formandos faz com que o trabalho seja gratificante, porque tudo o que é aprendido em sala de aula é aplicado no dia a dia dos profissionais e podemos ver resultados concretos. Não há nada melhor para um professor do que ver que o seu trabalho pode fazer a diferença na vida dos formandos.

Por outro lado, o CLJ promove o trabalho em equipa. Os formadores partilham os materiais e ajudam-se mutuamente, o que me tem permitido aprender e evoluir. Confesso que, no início, não tinha muito conhecimento sobre jornalismo, mas, com o apoio dos colegas, tenho aprendido muito.

Numa primeira fase, lecionei Português para Jornalistas em sala de aula e, atualmente, estou a dar formação em contexto de trabalho aos jornalistas do Diligente. O meu trabalho consiste em corrigir os textos em conjunto com eles, auxiliá-los na elaboração do glossário em língua portuguesa e construir semanalmente fichas de português com base nos erros cometidos de modo a que reflitam sobre os mesmos.

Partimos das áreas linguísticas mais críticas dos jornalistas e construímos materiais que os ajudam a trabalhá-las. Podemos ver como a percentagem de erros tem diminuído, o que os motiva os jornalistas a quererem continuar a escrever nesta língua.

Os progressos são evidentes. Na comunicação social timorense, há cada vez mais conteúdos em português com mais qualidade e abordam-se temas mais interessantes.”

“Os formandos estão muito motivados e revelam-se muito, mas mesmo muito interessados e empenhados”

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Ana Timóteo, formadora de Português para Jornalistas (na sala de aula)

A formação de português no contexto específico da comunicação social é uma área que me interessa bastante e, por isso, juntar dois universos de que gosto tanto foi irresistível. A comunicação social é um suporte essencial na vida de um país democrático. Garantir o acesso a informação rigorosa e que seja entendida pela população é um objetivo extraordinariamente complexo, mas absolutamente essencial à saúde de uma nação. Por isso, foi com muito entusiasmo que abracei este desafio.

Fazemos um trabalho rigoroso ao nível do funcionamento da língua do ponto de vista de rigor estrutural. Trabalha-se a compreensão do que se lê e ouve e há um forte investimento no desenvolvimento do discurso escrito e oral.

Os formandos estão muito motivados e revelam-se muito, mas mesmo muito interessados e empenhados. Antes das 8h, os que chegam mais cedo colocam dúvidas e é com satisfação que todos os dias tenho algumas questões para esclarecer, como palavras ou expressões que leram e não conhecem.

É muito importante o reforço positivo, o esclarecimento completo das dúvidas, o saber “ler” as expressões e perceber quando ficam confusos, não apressar nada. Manter um ambiente descontraído e acolhedor também é fundamental para todos. O rigor do trabalho pode perfeitamente estar a par de uma atmosfera alegre.

“Os professores entendem as dificuldades dos timorenses na aprendizagem de uma língua não materna”

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Florindo Cristóvão, revisor linguístico de informação em português do CLJ

“Traduzimos e fazemos a revisão das notícias e reportagens que os jornalistas escrevem. Enquanto faço este trabalho, melhoro a língua. Em comparação com há quatro anos, antes de integrar este projeto, vi uma melhoria da minha capacidade linguística.

Aprendi português antes de 1975, mas a linguagem jornalística é muito mais difícil. Para melhorarmos cada vez mais, temos de estudar sempre, ler e acompanhar as correções dos formadores. Se temos vontade de aprender, vamos certamente progredir.

Os professores entendem as dificuldades dos timorenses na aprendizagem de uma língua não materna. Fazem correções das nossas revisões dos textos, apontando e explicando os erros que não corrigimos. Por isso, aprendemos. Também nos incentivam a ler. Leio todos os dias. Temos leitura diária, nas primeiras duas horas, dos textos disponibilizados pelos formadores, que também nos desafiaram, durante alguns meses, a analisar uma imagem e escrever a partir dela. ”

“Só depois de frequentar as formações neste projeto, desde 2018, é que melhorei bastante, sobretudo na escrita”

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Aquilina Moniz, revisora linguística de informação em português do CLJ

“Fazemos revisão diária das notícias dos órgãos de comunicação, nomeadamente do Timor Post, e temos formadores que nos acompanham diariamente e fazem a revisão final.

Tirei a licenciatura no ensino de Português, em 2016, mas, mesmo assim, não consegui melhorar a proficiência na língua, em termos de oralidade, expressão escrita e expressão oral. Só depois de frequentar as formações neste projeto, desde 2018, é que melhorei bastante, sobretudo na escrita.

A melhoria deveu-se ao facto de as várias formações, muitas vezes específicas, responderem mesmo às nossas necessidades, porque não estudamos só. Também praticamos. Todos os dias, escrevemos e lemos muito, o que nos ajuda muito.

Os formadores ajudam muito no esclarecimento de dúvidas e corrigem a nossa escrita e revisão. Uma parte do dia serve para analisarmos alguns textos juntos para ver a estrutura e as palavras difíceis. Os formadores dão a cada um de nós um texto para analisarmos e apresentarmos ao grupo. Com esta estratégia, conseguimos melhorar o nosso vocabulário.

A leitura tornou-se também um hábito. Ler todos os dias, as notícias, reportagens e livros. Todo o processo requer também o esforço da própria pessoa.”

“Esta formação ajuda-me muito no trabalho da redação, porque me dá ferramentas para escrever notícias e reportagens com rigor, apurar os factos e cruzar informações”

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Romualdo Neves, jornalista estagiário do CLJ no Grupo Media Nacional (GMN)

“A formação do CLJ foi uma das melhores que já frequentei. A metodologia usada nas formações é muito eficaz. Antes, pensava que português era difícil, mas, depois da oportunidade de frequentar essa formação, reparei que a língua não é assim tão difícil.

Nenhuma formação tem sucesso sem um formador que trabalhe com profissionalismo. Os formadores do CLJ fazem mesmo isto. Acompanham os formandos o máximo possível, estão atentos às nossas dificuldades e ajudam-nos a crescer.

Esta formação ajuda-me muito no trabalho da redação, porque me dá ferramentas para escrever notícias e reportagens com rigor, apurar os factos e cruzar informações para chamar a atenção dos cidadãos para o que acontece ao seu redor.”

“Tudo o que aprendi contribuiu para o meu desenvolvimento profissional e pessoal e mudou a minha forma de ver o mundo”

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Constantino Mendonça, jornalista estagiário do CLJ no Timor Post

“No CLJ, não aprendemos só Português para Jornalistas de vários níveis e específico (nas áreas da justiça, saúde ou educação), mas também conteúdos de Fundamentos do Jornalismo – Conhecimentos Gerais, Pensamento Crítico, Matemática para Jornalistas –  e de Jornalismo.

Tudo o que aprendi contribuiu para o meu desenvolvimento profissional e pessoal e mudou a minha forma de ver o mundo. Aprendi, por isso, a escrever notícias e reportagens com ângulos diferentes.

O processo de ensino-aprendizagem é muito bom. O ambiente da aula é dinâmico. Os formadores ensinam com profissionalismo, utilizando métodos que permitem a compreensão dos formandos, promovendo a nossa autonomia. Recomendo que esta metodologia seja utilizada no currículo escolar timorense. Além disso, os conteúdos estão de acordo com o contexto timorense.”

Para conhecer melhor o CLJ, clique aqui.

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Ver os comentários para o artigo

  1. Os meus parabens a todos vos. Grande e valioso esforco o vosso. Ate Camoes piscaria o olho de orgulho. Antonio Aleixo sugeria que escrevessem sobre os ” velhos do restelo de Timor” que continuam a coxear e a mudar de trono para trono e nao dao o lugar aos mais novos. Antonio do Desleixo de Dili diria que a politica dos ultimos 20 anos tem sido uma porca miseria, um autentico “circulo vicioso”.
    Oh meu querido POVO de Timor Leste, acordai de novo, nao fiquem a espera de D. Sebastiao!

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