TimorCast I Ep.26 – “Estamos testemunhando o sedimentar de uma sociedade de classes”

Em visita a Timor-Leste para pesquisar sobre como as mulheres de Ataúro gerem o rendimento da família, a antropóloga Kelly Silva, que desde 2000 realiza estudos sobre fenómenos no país, conversou com o Diligente.

No diálogo, a pesquisadora e professora titular da Universidade de Brasília (UnB) falou da sua forte ligação com Timor-Leste, refletiu sobre o processo de reconstrução da nação, detalhou as diferenças e semelhanças entre o povo brasileiro e timorense e disse o que pensa a respeito do futuro do país.

 

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  1. Parabéns, Kelly! Estando de acordo com a generalidade do que diz, creio que falta “chamar os bois pelos nomes” e dizer porque é que existe o que referiu como “descaso” da situação da maioria da população menos favorecida. A razão é simples: a classe dirigente não está nem aí para a situação dos seus concidadãos mais desfavorecidos… O que ela quer é acumular poder e benefícios para ela própria. E lamento dize-lo, isso é feito utilizando principalmente os recursos do Estado durante as administrações do CNRT! Que acabam condicionando as outras pois o dinheiro “livre” para desenvolver verdadeiras políticas económicas e sociais acaba sendo reduzido tal o grau de comprometimento dos OGE pelos governos do CNRT.
    Como explicar que apesar de se reconhecer a importância do capital humano no processo de desenvolvimento se continue, desde a “nascença” do Estado independente, a privilegiar os gastos em capital físico, normalmente “sobredimensionando” as suas obras… O nível de desperdício de recursos em TL é enorme. O dinheiro vai parar em algum lugar… Criando a nova burguesia que tem (algum) dinheiro mas que NÃO tem capacidade empresarial. E que, como disse, “não está nem aí” para a situação dos seus concidadãos… “Tristeja”!

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