HNGV vai ter novo edifício para unidades de pediatria e cuidados intensivos

Novas unidades de pediatria e cuidados intensivos devem estar concluidas no prazo de dois anos /Foto: Diligente

A primeira pedra para a construção do novo edifício das unidades de pediatria e de cuidados intensivos foi lançada, na quinta-feira, no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), em Díli, pelo Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, e pela Ministra da Saúde, Odete Maria Belo.

O prédio de cinco andares vai ter 327 camas e contará com 81 a 163 profissionais de saúde, incluindo médicos especialistas, parteiras e enfermeiros. Para assegurar os recursos humanos necessários, o Ministério da Saúde tem enviado médicos para se especializarem em países como Cuba, Indonésia ou nas Ilhas Fiji e 27 já regressaram a Timor-Leste com as especialidades concluídas.

O novo edifício vai substituir as anteriores unidades do HNGV, que estão neste momento a funcionar com falta de espaço, camas e profissionais de saúde. A Unidade de Pediatria conta atualmente com 56 camas,  13 das quais distribuídas por um corredor, que funciona também como serviço de internamento, com crianças internadas neste espaço já há mais de três dias.

Atual unidade de pediatria do HNGV tem crianças internadas num corredor/ Foto: Diligente

A unidade tem ainda 10 camas reservadas nos cuidados intensivos que, por sua vez, também conta apenas com 15 camas – seis para cuidados intensivos e nove destinadas a cuidados paliativos.

Além de mais camas e melhores condições para os doentes e familiares, a quantidade de pacientes por médico também será menor. Segundo a chefe do departamento de pediatria, Milena Lay dos Santos, “nas instalações atuais, um pediatra atende 6 a 12 crianças por dia, mas, nos feriados e fins de semana, pode chegar a 20. Há camas suficientes, mas não há espaço para acolher todos os pacientes”.

Vidal Lopes, médico especialista na Unidade de Cuidados Intensivos, disse que, caso haja transferência dos pacientes dos hospitais de referência dos municípios para o HNGV, não há camas suficientes.

A ministra da Saúde reconheceu os problemas destas duas unidades e admitiu a escassez de equipamentos médicos, medicamentos, reagentes e de recursos humanos, como médicos especialistas e subespecialistas, mas garantiu que, no novo edifício, estas questões serão resolvidas.

Já o Primeiro-Ministro lembrou que se trata de um passo fundamental para modernizar as infraestruturas de saúde e espera “haver um lugar digno para as crianças e médicos”. Pediu também à empresa encarregada da obra que cumpra o prazo de conclusão e assegure a qualidade.

A construção vai demorar dois anos. Foram alocados 9,3 milhões de dólares americanos. A responsável pelo projeto é a companhia China Civil Engenering Constraction Corporation (CCECC).

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