A ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) e a Rede Feto Timor-Leste assinaram, esta segunda-feira, em Díli, o acordo para o desenvolvimento do terceiro programa no âmbito do Hakbiit Feto (“Empoderar a Mulher”), projeto financiado pela União Europeia e pela Agência Austríaca para o Desenvolvimento. O compromisso estabelece a continuidade do trabalho desenvolvido para o empoderamento feminino, através do acesso a formação básica em literacia económico-financeira.
A formação vai abranger mulheres de quatro organizações da sociedade civil timorense – a Fundasaun Esperansa de Ainaro, a Fundasaun Kolegas ba Paz (KDP) de Baucau, a Asosiasaun Unidade Feto ba Dezenvolvimentu (AUFD) de Bobonaro e a Fundasaun Harii Moris Foun (HMF) de Díli.
Neste terceiro programa, as mulheres dos grupos abrangidos “vão aprender matemática básica, nomeadamente como registar receitas e despesas e gerir o seu negócio com vista ao lucro”, explicou a diretora nacional da ADRA-TL, Virginia Pycroft. “Quando as mulheres têm um papel forte na economia e quando podem decidir por elas próprias, o país pode ser mais forte”, realçou a responsável.
Maria de Fátima da Costa, da Fundasaun Esperansa de Ainaro, beneficiária do programa “Campo de Agricultor e Escola de Clima” no ano passado, explicou que antes de frequentar a formação “não tinha nenhum conhecimento sobre finanças nem sobre como gerir um negócio agrícola”.
Além disso, agora está apta “a dar formação e transmitir conhecimento a mais comunidades”. No âmbito deste terceiro projeto, vai formar na área de negócios dois grupos de mulheres de Ainaro.
“Espero que no futuro a ADRA aumente o apoio orçamental para que mais mulheres consigam atingir a independência financeira.”
Já o embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Marc Fiedrich, alertou para o problema da violência doméstica em Timor-Leste e explicou que este projeto pretende também fazer face a essa realidade.
“Através desta iniciativa, as mulheres podem melhorar as competências na gestão de negócios, o que lhes dá a possibilidade de serem mais independentes e conquistarem poder na família, sociedade, economia e política”.
Também a presidente da Rede Feto, Zélia Fernandes, sublinhou a importância da “independência financeira das mulheres” na luta pela igualdade de género.
As beneficiárias do projeto já tinham recebido formação na área de negócios, em 2022, e frequentado um programa de formação para formadores para poderem transmitir os conhecimentos adquiridos a outras mulheres dos municípios das respetivas organizações.
A formação em “Numeração básica e literacia financeira” vem dar seguimento aos dois programas já implementados anteriormente no âmbito do projeto Hakbiit Feto – “Associação de Poupança e Empréstimo de Aldeia” e “Campo de Agricultor e Escola de Clima”.
O atual programa vai realizar-se até maio e tem uma duração total de quatro meses.
Forca mulheres!
Deem um gande bigode aos homens que tem medo que voces lhes passem a frente, dai porem entraves ao vosso progresso.
Hadomi imi hotu hotu