Em Timor-Leste pela primeira vez, os Calema enfatizam entusiasmo e prometem “noite quente”

Os Calema são formados pelos irmãos Fradique Ferreira e António Ferreira: "os fãs vão dançar a noite toda”, garantem/Foto: Diligente

Autores do hit musical “A nossa vez”, a dupla de São Tomé e Príncipe é a principal atração do TasiFest, evento que também pretende promover a proteção do meio ambiente.

Os Calema, grupo musical de São Tomé e Príncipe premiado internacionalmente, são cabeça de cartaz do TasiFest, festival que pretende promover a cultura e a proteção do meio ambiente. O evento, que começa este sábado (18.05) e termina no domingo (19.05), oferecerá várias atividades no Cristo Rei, Jardim 5 de Maio e Porto de Díli, onde se realizarão os concertos. Os preços dos bilhetes para os dois dias variam entre 4 e 150 dólares americanos e podem ser comprados no Porto de Díli.

É a primeira vez que os Calema visitam Timor-Leste. Os irmãos António Mendes Ferreira e Fradique Mendes Ferreira, cantores e fundadores do grupo, na ativa desde  2011, chegaram ao país esta sexta-feira (17.05) e, numa conferência de imprensa no Timor Plaza, disseram estar “ansiosos” para sentir a energia do público timorense.

“Recebemos sempre mensagens a perguntar quando é que vínhamos cá. Chegámos! Estamos muito felizes por estar aqui. A temperatura, as pessoas, a comida, é tudo maravilhoso! Esperamos fazer um show fantástico com o povo timorense, e aproveitar para conhecer um pouco do país e da cultura”, partilhou Fradique Ferreira.

O nome Calema significa, em São Tomé e Príncipe e em algumas partes da África, movimento forte das ondas. A sonoridade da banda é marcada pelo ritmo da kizomba pop.

Para os irmãos, cantar em Timor faz todo o sentido, “porque fazemos todos parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, somos uma família”, enfatizaram.

Quanto ao concerto de domingo, véspera de feriado, os músicos prometeram “que vai ser quente, os fãs vão dançar a noite toda”. O público vai assistir ao espetáculo novo: Tour Voyage.

António Ferreira disse que o grupo tinha noção de que muitos timorenses gostam dos Calema pelos comentários nas redes sociais. “Sabemos que aqui a canção ‘A nossa vez’ é muito apreciada. Bom, estamos muito entusiasmados em cantá-la com o público”, confidenciou o músico.

A dupla frisou ainda a importância de usar a arte, neste caso a música, para alertar para a necessidade de preservar o ambiente. “Devemos passar a mensagem de que é importante colocar o lixo no lugar correto, cuidar da natureza, não gastar os recursos à toa, porque um dia vão acabar. Temos de cuidar do ambiente para que as gerações vindouras possam usufruir da bênção da natureza”, observou Fradique Ferreira.

Após o concerto, os irmãos permanecem em Timor-Leste para gravar um videoclipe e seguem, na quinta-feira (23.05) pela manhã, para a Inglaterra, dando seguimento à turnê.

A noite  de domingo (19.05) será ainda animada pelos artistas nacionais Criimson, Juju & Friends, B&F Acoustic e pelos DJ Ageng e DJ Dora, que fecharão o evento.

Os concertos começam já este sábado (18.05), a partir das 20h. A entrada no Porto de Díli será permitida a partir das 18h. O espetáculo começa com a atuação da banda timorense Família Alcatraz, seguida por Bepi, Cocoustic Band, Cidália, DJ Dito e DJ António Sampaio.

Organizado pela EVEN2U, empresa de organização de eventos, o festival vai incluir workshops, seminários e atividades culturais. De acordo com o Diretor executivo da EVEN2U, Luís Simões, o TasiFest não é apenas um festival de música, mas também “um meio de diálogo e ação”, conforme consta no comunicado de imprensa.

Atividades  

Na manhã deste sábado, no jardim do Cristo Rei, terá lugar o seminário intitulado “Mudança social necessária para alcançar um Timor-Leste sustentável”. A atividade contará com a presença da Laudato Si’MTL, organização dedicada à divulgação de procedimentos ambientais sustentáveis; do Banco Nacional Ultramarino (BNU), que dará a conhecer as suas iniciativas de financiamento de projetos no âmbito da economia azul; a Caltech, pioneira em pesquisas sobre tecnologias limpas; a Reloka e o programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP).

Durante a tarde, no jardim 5 de maio, várias organizações locais, incluindo a Arte Moris, Badan Lixo, Lixo Nia Barulho e Conservation of Environment Timor-Leste, irão desenvolver dinâmicas criativas de transformação de lixo em obras de arte, mostrando como materiais podem ser reutilizados de maneira inovadora e artística.

“Economia Azul: para atingir um futuro sustentável” é o seminário de 19 de maio, a decorrer pela manhã no jardim do Cristo Rei. A iniciativa vai envolver o Gabinete das Fronteiras Terrestres e Marítimas de Timor-Leste, a UNDP e a Underwater Cinema, para discutir a gestão dos recursos marinhos, oportunidades e inclui ainda uma limpeza colaborativa da praia. Os participantes terão a oportunidade de experimentar snorkeling.

À tarde, a agenda inclui o workshop “Como pode a arte da reciclagem fazer mudanças e impactar a conservação marinha”. Iniciativas locais, que trabalham para proteger o ambiente marinho, também estarão presentes.

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