CONTEÚDO COMERCIAL

Do mundo para Díli, comida “inclusiva” e para todos os gostos

O borrego é uma das estrelas da Osteria, onde encontra comida italiana. No mesmo complexo, no Arriba, pode também comer pratos mexicanos e, no Bistrô,, vegetarianos/ Foto: Osteria

Domingo à noite. As luzes guiam-nos até um espaço calmo, apesar de nele estarem dezenas de adultos, jovens e crianças, que ocupam grande parte das mesas. O simpático “boa noite” dos empregados mistura-se com as conversas descontraídas dos clientes. Da cozinha chega-nos o perfume das pizas a saírem do forno e é isso que a maioria ali come. Estamos no Osteria, o primeiro restaurante italiano de Timor-Leste. Ao lado, o Arriba, com comida mexicana, e o Bistrô, pensado para quem prefere pratos vegetarianos.

Comida do mundo disponível na Avenida de Portugal, em Díli, a cargo do brasileiro Robison Aparecido Ferreira. Tudo começou em 2013, quando ainda trabalhava no restaurante Café Aroma e se cruzou com Simon Jeffery. O australiano teve a ideia de criar o primeiro restaurante italiano em Timor-Leste. “Queria a minha ajuda para ter ideias de menu e dar formação aos funcionários”, conta.

Um australiano, um brasileiro, timorenses e clientes de muitas nacionalidades deram, então, vida ao Osteria. Robison era o chefe de cozinha e tomava conta de tudo, desde a preparação do menu, à comida e formação. Em 2015, nascia o Arriba, o único restaurante mexicano do país. O trabalho e dedicação valeram-lhe, em 2017, parte da sociedade nos dois restaurantes. “De lá para cá, muitas coisas mudaram. Vamos crescendo com o tempo”. Em 2018, nasceu o Bistrô, o conceito vegetariano, inspirado pela sua mãe, que é vegana. “Aí, aos pouquinhos, percebemos que, desde que tenhamos espírito e vontade de querer crescer no negócio, as coisas fluem e vão-se criando mais coisas”, enfatiza.

“Uma boa surpresa, porque é um espaço muito agradável e com preços acessíveis, o que me agradou bastante. Passei a ir lá frequentemente”

 O brasileiro Helson França, chegado a Timor-Leste em 2022, conheceu este complexo de restaurantes através de uma colega de trabalho. “Como sou vegano e não como produtos de origem animal, procurava um lugar com mais opções, isto é, comida vegana”. No entanto, Helson não se limitou ao Bistrô: “Encontrei naquele local várias alternativas de comida mexicana e pizas com opções vegetarianas”.

Tratou-se de “uma boa surpresa, porque é um espaço muito agradável e com preços acessíveis, o que me agradou bastante. Passei a ir lá frequentemente”. Se pudesse definir com uma palavra estes restaurantes? “Inclusivos. Restaurantes para todas as pessoas e que agradam a todos. Têm um menu muito diversificado e acessível. O atendimento é muito profissional”.

Um mundo de sabores

Osteria é uma palavra da língua italiana que significa originalmente um local onde se servia vinho e comida simples. Aqui, os pratos nem sempre são simples: envolvem várias técnicas culinárias. Mas o sabor está sempre lá. Como explica Robison, a comida é feita com ingredientes de qualidade: “O nosso restaurante é o que mais piza vende na cidade. Garantimos a qualidade dos produtos, como o queijo, carne, entre outros”, sublinha. O restaurante recusa-se a comprar bases congeladas para as pizas. A massa da piza é feita na hora e à frente dos clientes.

Como qualquer restaurante italiano, as pizas são as estrelas. Cláudia Alves nunca foi muito apreciadora de piza, mas, desde que provou as do Osteria, elas passaram a fazer parte do menu de sábado à noite lá em casa. “Não deve haver pessoa mais esquisita com a piza do que eu, mas gosto das do Osteria: a massa fina e os ingredientes. Nota-se que não colocam produtos baratos. Têm essa preocupação em servir bem o cliente”. A portuguesa elogia ainda o atendimento telefónico e a rapidez com que entregam a comida em casa.

O restaurante Osteria tem serviços de entrega em casa/ Foto: Osteria

No entanto, o restaurante tem outras estrelas. O filé mignon é uma das comidas mais procuradas. Compõem o prato carne de qualidade, cebolas caramelizadas com vinho, servidos com molho de gorgonzola, de cogumelos ou de pimenta, acompanhados de legumes. Outra estrela são também  as costeletas de borrego com risoto verde.

E claro. Não faltam as massas, que têm uma grande procura: à carbonara, à bolonhesa ou à puttanesca. Muitas delas são feitas no próprio restaurante. Massas caseiras e frescas, à semelhança do que acontece com a lasanha. Visivelmente orgulhoso, Robison não poupa elogios ao Osteria: “Tudo é tão perfeito que é difícil não haver algo que não agrade”.

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Ravioli de quatro queijos servido na Osteria/ Foto: Osteria

Para Imaculada Martins, além das pizas, o esparguete à bolonhesa é imbatível. Conheceu o restaurante no ano passado: “Costumo vir com os amigos para jantar ou almoçar. O Osteria já é paragem obrigatória do dia”.

Também o é para Bob Aubrey, vindo de Singapura. Conhece o Osteria já há alguns meses e tornou-se cliente regular. Classifica-o como “o melhor restaurante do país”. E diz ainda: “O lugar e o ambiente são tranquilos. Os funcionários são tão amigáveis que não me tiram mais daqui”.

Um desses funcionários que já não tira Bob deste complexo de restaurantes é João Brito da Conceição, que ali trabalha desde 2016. Boa comida e atendimento simpático têm vários segredos: “Quem tem uma equipa como família tem tudo. Aqui, há organização, dedicação, respeito e muitas oportunidades de crescimento. A boa comunicação nunca nos falta, porque o dono se preocupa com o bem-estar dos funcionários”.

“O lugar e o ambiente são tranquilos. Os funcionários são tão amigáveis que não me tiram mais daqui”.

Crescimento foi o que Simiana dos Santos, cozinheira, encontrou no Osteria há quase um ano. Vemo-la atarefada na cozinha a preparar esparguete e pizas. Com as mãos na massa, como que tivesse uma varinha de condão que a guia pelos ingredientes, conta-nos que veio de um curso de culinária de Audian, mas que foi ali, em equipa, que rapidamente aperfeiçoou o que aprendera.

Como é trabalhar no restaurante? Para João, o Osteria é um mundo. “Não precisamos de estar fora do país. Todos os dias, encontramos clientes de várias nacionalidades: timorenses, australianos, portugueses, chineses, indonésios ou filipinos. Acabamos sempre por aprender um pouco de tudo, das línguas à diversidade de culturas. É muito divertido”, conta.

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Juntos, os três restaurantes empregam, no total, 100 pessoas./ Foto: Osteria

Burritos, fajitas, enchiladas, nachos, quesadilla, guacamole, as salsas… Estão ali, a uns metros, no restaurante Arriba, e também têm uma grande procura. A carne é quase toda importada da Austrália e “tudo é grelhadinho, com tempero por tempero”, como refere Robison.

O vegano Helson França fala-nos da sua comida preferida no Arriba: o burrito: “É muito saboroso e muito bem servido. Mata mesmo a fome. Há essa possibilidade de transformar o burrito em totalmente vegano. O serviço é muito rápido e o preço é justo”.

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O burrito é uma das comidas mais pedidas no Arriba/ Foto: Arriba

Sendo vegano, Helson já passou pelo Bistrô, o restaurante vegetariano, e pretende voltar lá mais vezes:  “O ambiente é muito confortável e climatizado. As pessoas que nos atendem são muito profissionais e simpáticas e há uma boa variedade no menu para quem é vegetariano/vegano”. A sua comida preferida, e a de muitos outros clientes, é o Budha Bowl. “Uma delícia”, diz o brasileiro. Por um preço acessível, podem encontrar no prato cinco alimentos diferentes que substituem a proteína, além do incomum arroz selvagem ou arroz preto. Outro prato também muito procurado é o hambúrguer de shitake e cebola.

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Prato preferido de muitos clientes do Bistrô, o Budha Bowl/Foto:Osteria

Ficou com água na boca? O Osteria está aberto às segundas-feiras (entre as 16h e as 22h30) e de terça-feira a domingo, das 9h às 22h30. Pode comer no Bistrô de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h30. Já o Arriba está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 22h30.

Conheça melhor os três restaurantes.

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  1. E bom ter variadade de comidas, diversos restaurantes. Mas e necessario SEMPRE que os produtos sejam frescos e de qualidade.
    O meu conselho como mestre de cozinha internacional e natural de TL, e que por favor adicionem sempre uma colher de acucar, de AMOR em tudo que facam. Tentem sempre fazer a “diferenca”

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