Governantes aprovaram, nos últimos anos, pelo menos três documentos com propostas (que se repetem) para desenvolver a área. Diretor do Ministério do Turismo diz que plano de 2011 irá nortear os trabalhos atuais.
Celebra-se nesta ocasião, 27 de setembro, o Dia Mundial do Turismo, data estabelecida pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em 1980, que tem como principal objetivo ressaltar a importância económica, social e cultural desta atividade. Segundo a OMT, no ano passado, o setor movimentou, a nível mundial, a quantia de 1 trilião de dólares americanos.
Em Timor-Leste, dados do Banco Mundial mostram que, de 2015 a 2019, o país obteve 596 milhões em receitas com a vinda de 350.500 turistas. Após a pandemia da covid-19, os números reduziram drasticamente.
Na avaliação do ativista Isaac Mendes, responsável da página do Facebook Turismo Timor-Leste, que possui mais de 65 mil seguidores, dado o potencial do país, o setor deveria gerar muito mais recursos e empregos para a população. O jovem enfatiza que faltam políticas sérias e de longo prazo para desenvolver o turismo no país.
“Temos muitos sítios turísticos naturais, mas ainda não aproveitamos ou exploramos a beleza que a natureza oferece. Por exemplo, em Atsabe, Ermera, temos Mota Bandeira, um lugar muito belo e agradável, mas o acesso ao local é muito difícil, o que desmotiva a visita de turistas locais e internacionais”, exemplificou.
A reabilitação de estradas é uma das urgências identificadas pelo Governo em pelo menos três documentos relacionados com promessas para promover o turismo: o Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) 2011-2030 (que conta com a assinatura do presidente da República na altura, José Ramos-Horta), a Política Nacional de Turismo (2017) e, mais recentemente, o Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento do Turismo (PENDT) 2023-2030, divulgado em abril deste ano.
Os documentos, embora de períodos distintos, são, na sua essência, muito parecidos, e, em linhas gerais, consideram a área fundamental para dinamizar a economia da nação de 1,3 milhões de habitantes.
Todos falam em criar cursos de formação em hotelaria, postos de trabalho e centros de atendimento aos turistas, além de reabilitar casas de banho públicas, divulgar a imagem de Timor-Leste e explorar a economia azul. Contudo, as estratégias não se refletem na prática.
“Grande parte das pessoas nem sabe onde fica Timor-Leste. Se há tanta beleza natural no país e um mar com biodiversidade tão rica, os turistas deveriam ter conhecimento. Isso significa que a informação não está a chegar a outros lugares. Os nossos governantes deveriam trabalhar para mudar esse cenário”, observou Isaac Mendes.
Nesse sentido, o ativista considera que as autoridades precisam de começar a olhar para o setor com mais atenção e objetividade, de modo a tirar as ideias do papel e a aplicá-las no dia a dia.
O diretor-geral do Turismo do Ministério do Turismo e Ambiente, Jelino Soares, informou que o Governo pretende estabelecer centros de informações turísticas em todos os municípios. Jelino sublinhou que o Governo atual irá nortear as ações com base no PED 2011-2030.
Questionado sobre o abandono de determinados sítios, o diretor atribuiu a situação a uma alegada falta de conhecimento da comunidade e dos jovens sobre turismo sustentável.
“O Governo tem fundos para ajudar, mas a iniciativa tem de partir da comunidade e dos jovens. O Governo não os pode forçar. Para desenvolver um local turístico, são precisos vontade e um trabalho de qualidade para satisfazer os turistas”, opinou.
Jelino Soares disse que, ainda este ano, o Governo vai realizar um conferência internacional com especialistas do setor do turismo.
Fundação Oriente exibe filmes de realizadores locais que destacam as belezas do país
Para celebrar o Dia Mundial do Turismo, decorreu, esta quarta-feira, pelas 18h, na Fundação Oriente, um evento de exibição de curtas-metragens sobre as belezas de Timor-Leste. A iniciativa teve como objetivo divulgar a cultura e as maravilhas do país.
A delegada da Fundação Oriente, Joana Saraiva, elencou dois aspetos a destacar da iniciativa. “Primeiro, é a promoção do turismo nacional, principalmente dentro das linhas que são expressas pelo Governo como prioritárias, que é um turismo especializado, ecológico, de aventura, e não um turismo de massas. Por outro lado, trata-se de mostrar a contribuição que estes cineastas timorenses podem dar para o desenvolvimento do turismo e para a sociedade como um todo”, ressaltou.
Jafet Potenzo Lopes, realizador do documentário intitulado “Rama Husi Veua”, afirmou que a sua equipa decidiu divulgar a tradição do uso da rama (arco e flecha, em português) pela população na zona de Ilimano, sobretudo em Veua, Manatuto. A utilização deste instrumento de caça era muito forte antigamente, mas tem vindo a diminuir.
Acrescentou ainda que o artefacto tem sido mal interpretado, acreditando-se que serve para matar pessoas, quando, na verdade, é utilizado como instrumento de segurança e para sustento próprio.
“Rama Husi Veua é um documentário sobre turismo cultural e natureza. Tentámos abordar a história da rama desde os antepassados e observamos que o seu uso está ameaçado. Daí a importância deste filme: preservar a rama para que as novas gerações e os turistas saibam do que se trata”, explicou.
Para Jafet Lopes, o conceito de turismo é muito amplo. Não se trata, realça, apenas das belezas de determinado lugar, mas também da sua história. Outros seis realizadores exibiram os seus filmes no evento: Bernardino Soares, Bety Reis, Juventino Madeira (Allone), Luís Magno, Mariano Gonçalves e Simão Cardoso Pereira (Mong).
A minha redacao: O Turismo!
(Do menino Carlinhos, 10 anos da escola primaria de Tutuala)
Gosto muito do turismo, infelizmente na minha terra apesar de tanta beleza natural, ele esconde-se, deve sofrer de vergonha.
O Turismo e a palavra mais falada na minha terra nos ultimos 15 anos. E ha tantos experts sobre o Turismo que o devem ter amedrontado.
A noite quando durmo, sonho com o Turismo.
Os nossos governantes deviam puxar o Turismo assim como o kadoras do petroleo. E ate so custa metade do preco. E e ar puro, limpo, e podemos fazer casitas no cimo das arvores com escada para se subir e proteger os turistas das cobras, dos crocodilos e das giboias dos politicos. Tambem podemos construir umas sintinas turisticas mas sem batar kain, com papel higienico e a corrente telefonica para puxar a agua depois de as termos utilizadas.
O que me surpreende muito e que ainda nao ha conterraneos com o nome proprio ” Turismo”.
Por exemplo alguns nomes com Turismo:
Turismo Porreiro da Costa
Turismo Parainglesver da Silva
Turismo Ondestas Quenaotebejo
Turismo Cresceaparece
Turismo da Santissima Trindade (turismo religioso)
Turismo Alibatemuma (turismo religioso)
Enfim ja me alonguei bastante hoje e nao quero dar palha a burra.