Comunidade LGBTQIA+ em Timor-Leste alvo de preconceitos culturais e religiosos

A marcha da comunidade LGBTQIA+ realiza-se, em Díli, desde 2017/ Foto: DR

Vítimas de preconceitos de uma suposta cultura e religião contam como sobreviveram e sobrevivem a todas as formas de discriminação e de agressão por serem diferentes do paradigma imposto por uma sociedade profundamente conservadora e patriarcal: “homem tem de casar com uma mulher para procriar.” Também por isso, uma grande parte dos jovens LGBTQIA+ timorenses ainda esconde a sua identidade de género ou orientação sexual da família e dos amigos.

“Quando era criança, vivia com a minha avó. Gostava de vestir calças e de brincar como os meninos, com berlindes, andar de bicicleta e jogar à bola. O meu tio não gostava que eu me comportasse assim. Zangava-se comigo e batia-me. Um dia, caí de bicicleta e magoei o pé. Já em casa, quando o meu tio soube, enervou-se comigo, porque, para ele, andar de bicicleta era brincadeira de rapaz. Agarrou numa cadeira e agrediu-me com ela até a partir nas minhas costas, como forma de castigo. Gritei muito e caí. Com dores e sem me conseguir levantar do chão, ele continuou a pontapear-me. A minha avó levantou-me e protegeu-me, disse ao meu tio que se ele me queria matar, teria de a matar primeiro. Enquanto chorava por causa das dores, o meu tio continuou a insultar-me e a dizer que se continuasse a comportar-me como um menino, ia estragar o bom nome da família.

Nesse mesmo dia, fui levado imediatamente para o hospital, onde permaneci durante dois meses, tal era a gravidade da agressão que resultou numa fratura na coluna vertebral. Hoje em dia, continuo a fazer exames de rotina devido às consequências daquele episódio.”

Este é um dos muitos episódios de violência da história de vida de Elang, transgénero de 28 anos, que nasceu Eulália da Cruz.

Depois de ter sido brutalmente atacado pelo tio quando ainda era criança, cresceu revoltado com tamanha violência. Sentia-se sozinho no mundo, porque não conhecia ninguém como ele. Todos os dias, sentia-se um homem, apesar de ter nascido mulher. “Não podia comportar-me como me sentia, porque a minha família e a sociedade não me aceitavam. Em desespero, tentei suicidar-me várias vezes. De 2009 a 2019, foram dez tentativas. Cortei os pulsos, tentei afogar-me no mar, ingeri uma mistura de água com naftalina, tentei de várias formas. Queria morrer para não me sentir mais assim: sozinho e odiado por todos.”

Atualmente, Elang trabalha como coordenador de Projeto na Arcoiris Timor-Leste, Organização Não Governamental (ONG) que defende os direitos da comunidade LGBTQIA+. À noite, frequenta o curso de Direito na Universidade da Paz (UNPAZ).

Elang trabalha atualmente na Arcoiris/ Foto: Diligente

A história de Elang, transgénero, ou seja, nasceu mulher, mas sempre se identificou com o sexo masculino, é semelhante à de muitos membros da comunidade LGBTQIA+ timorense, marginalizados quando não se encaixam nos padrões de masculinidade e feminilidade e por terem uma orientação sexual e/ou identidade de género vistas como fora dos protótipos convencionados por grande parte da sociedade timorense.

“Entre as mulheres há, inclusivamente, relatos devastadores de episódios de violação por parte dos familiares para as corrigir”

Histórias que parecem saídas de um filme de terror: agredidos pelos próprios familiares, humilhados, discriminados pela família e pela sociedade, não só veem os seus direitos violados, como são postos de parte por aqueles que, à partida, mais os deveriam apoiar. Entre as mulheres há, inclusivamente relatos devastadores de episódios de violação por parte dos familiares ‘para as corrigir’.

“Sofro bullying da família, da sociedade e dos meus colegas. O meu pai disse-me que um homem tem de ser homem, não pode escolher comportar-se como uma mulher ou gostar de pessoas do mesmo sexo. Esta atitude do meu pai faz com que tenha ainda mais medo de me expressar, porque sinto que não tenho o apoio da minha família”, conta Ricela, também transgénero, nasceu homem, mas identifica-se como mulher.

Ricela nasceu, há 36 anos, Eurico dos Santos Soares. “Comecei a sentir que era diferente dos outros rapazes, quando estava no ensino pré-secundário, em 1998. Quando percebi que não era igual à maioria dos rapazes, não foi um problema para mim, mas tive problemas com os outros, principalmente com a minha família. Tive muito medo de lhes contar como me sentia.”

Hoje em dia trabalha na Fundação CODIVA, que também atua na promoção e defesa dos direitos da comunidade LGBTQI+ em Timor-Leste.

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Ricela nasceu, há 36 anos, Eurico dos Santos Soares/ Foto: DR

Também Afey, 24 anos, tal como Ricela, apesar de ter nascido com o sexo masculino, sempre se identificou com o sexo feminino. A licenciada em Saúde Pública, na UNPAZ, foi vítima de violência dentro da família. O pai, que a batizou Ronaldo de Carvalho Pereira, batia-lhe por usar roupas femininas e por querer brincar com meninas: “desde o ensino primário até ao secundário, sofri agressões físicas e psicológicas”.

“Deixei de estar sempre com as meninas e até tentei ter uma namorada. Fiz tudo para contrariar a minha natureza e ser aceite pela sociedade”

21 anos após a restauração da independência, Timor-Leste, a mais jovem democracia do Sudeste Asiático continua a revelar uma mentalidade que, em muitos casos, mostra ter ficado parada no tempo e viola, sem pudor, os direitos humanos. Maioritariamente conservadora e patriarcal, a sociedade timorense, onde este e outros tipos de violência são “o pão nosso de cada dia”, ainda está longe de debater questões como a legalização do casamento homossexual, a adoção e procriação medicamente assistida, a autodeterminação da identidade e expressão de género e a proteção das características sexuais de cada pessoa.

No entanto, todos os anos não deixam de se realizar marchas de apoio à comunidade LGBTQIA+ sendo que a última, em 2022, teve o apoio da Presidência da República, com o desfile a terminar no palácio presidencial.

Naquela que foi 6a marcha do Orgulho LGBTQIA+ em Timor-Leste, no dia 29 de julho, o Presidente da República, José Ramos-Horta, participou e deixou uma mensagem de apoio a esta comunidade. O presidente disse que “a sociedade devia mostrar respeito e tolerância” e prometeu defender os direitos de todos os cidadãos, no sentido de combater a violência e discriminação de todas as formas.

“Ninguém escolhe ser LGBTQIA+”

“Ser homossexual não é uma opção. Se fosse uma opção, ninguém escolheria este tipo de vida para ser discriminado, agredido e excluído”, sublinha Natalino Guterres, 34 anos, assessor de política pública no Ministério do Plano e Ordenamento.

Ao contrário de Elang, Ricela e Afey, não se identifica como sendo mulher. Natalino é homossexual, um homem que se sente atraído por outros homens. Por causa da sua orientação sexual, foi vítima de bullying na escola, já no ensino secundário, o que o deixava “muito stressado e ofendido”. No início, os familiares tentaram ajudá-lo, mas como era algo regular, começaram a suspeitar que isto acontecia por ele agir como uma mulher (maufeto), comportamento que reprovavam. “Insistiram comigo para mudar o meu comportamento, diziam que devia agir como um homem e, assim, acabaria com o bullying. Tentei fazê-lo. Deixei de estar sempre com as meninas e até tentei ter uma namorada. Fiz tudo para contrariar a minha natureza e ser aceite pela sociedade.”

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Natalino Guterres/ Foto: DR

Todo este esforço foi em vão. “Os meus pais fizeram-me jurar pelos meus avôs que ia deixar de me comportar assim, pois estava, segundo eles, a envergonhar a família, mas, por mais que tentasse, não conseguia. Eu sou assim. Não é uma escolha.”

“Às vezes, ficava nu à frente do espelho e perguntava a Deus porque é que me sentia homem se o meu corpo era o de uma mulher”

Já Elang, começou desde muito nova, com apenas 12 anos, a questionar-se porque tinha nascido mulher, se era como um homem que se via e sentia. “Comecei a sentir-me muito mal e sozinha. Pensei na melhor forma de falar sobre o assunto com a minha família. Não queria aceitar-me, porque sabia que ia sofrer. Às vezes, ficava nua à frente do espelho e perguntava a Deus porque é que me sentia homem se o meu corpo era o de uma mulher. Perguntava a Deus porque me tinha feito assim.”

Afey, revoltada com a violência paterna e depois de ter recebido formação na Fundação CODIVA ainda nos tempos da universidade, ganhou coragem para explicar à mãe o que se passava. “Não escolhi ser assim, é a minha natureza. Nasci com o sexo masculino, mas tenho mais cromossomas femininos e sinto-me uma mulher.” Relativamente à orientação sexual, é de homens que gosta. “Se me obrigarem a casar com uma mulher e não formos felizes, a culpa é de quem?”, perguntou à mãe, que acabou a aceitá-la tal como ela é, mesmo contra a vontade do pai, que nunca aceitou a identidade de género de Afey.

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Afey, 24 anos, sempre se identificou com o género feminino/ Foto: DR

Apaixonar-se por pessoas do mesmo sexo

Elang começou a sentir atração por outras mulheres aos 17 anos. Teve a sua primeira relação homossexual nessa altura, mas não durou muito, porque os pais da namorada não aceitavam. “Queriam que ela casasse com um homem e tivesse filhos”.

Em 2020, conheceu uma outra mulher, tornaram-se amigas e acabaram por começar uma relação. “Encontrei-me com os pais dela e disse-lhes que amava a filha deles. Felizmente, eles aceitaram, mas o irmão não.”

Perante esta recusa, decidiram recorrer à Fundação Arcoiris, em busca de proteção e apoio, por temerem represálias por parte do irmão. Ficaram as duas um mês na instituição, que lhes deu um teto seguro, apoio psicológico e um trabalho para Elang”, que ainda hoje continua a trabalhar na Arcoiris.

Depois de conquistada alguma estabilidade, começaram a viver juntas. “Adotamos uma menina, filha da irmã da minha parceira, e hoje vivemos muito felizes.”

Elang conta que, quando há um evento cultural na família da namorada, contribui com dinheiro e animais, como “manda a tradição” em Timor-Leste. “Mesmo que não tenha dado barlaque, participo sempre nas cerimónias de lia mate e lia moris.”

“Se duas pessoas do mesmo sexo querem viver juntas, desde que não prejudiquem ninguém, a sociedade não deve impedir que vivam em paz”

Estefânio Amaral Salsinha, que prefere ser tratado por Ken, 27 anos, nasceu com o sexo masculino, mas a sua identidade de género é feminina. O estudante de economia no Instituto de Tecnologia de Díli (DIT, na sigla em inglês) já se apaixonou por um homem, mas teve medo de não ser correspondido. Mesmo que a sua verdade contrarie os ensinamentos religiosos e culturais que recebeu, para ela, se duas pessoas do mesmo sexo querem viver juntas, desde que não prejudiquem ninguém, a sociedade não deve impedir que vivam em paz. “Se eu me sinto seguro com alguém e se esse alguém também se sente seguro comigo e queremos viver juntos, a cultura e a religião não podem interferir.”

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Ken, 27 anos, transgénero/ Foto: DR

Os preconceitos da sociedade

Lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros, queer, intersexuais e assexuais (LGBTQIA+) desrespeitam a cultura timorense. Se um homem se comporta como mulher ou quer ser mulher, a família tem de o corrigir”, defende vigorosamente José Martins, estudante da Faculdade de Educação, Artes e Humanidades, da UNTL.

O jovem de 27 anos reforça ainda que a família não pode fazer “vista grossa” quando o comportamento dos filhos contraria a cultura timorense, “deve pressioná-los, dando trabalhos pesados aos homens para que se tornem fortes e valentes”. No caso das mulheres, “deve dar apoio moral e se for preciso, aplicar algum castigo para mudar este mau comportamento”.

“O bullying é um comportamento que diminui o valor humano, a dignidade e a autoestima”

O casamento homossexual, para Nurlalia Naijirun Hamja, muçulmana de 58 anos, “é um pecado imperdoável”. Acredita que “esta forma de vida pode estragar o futuro dos homens e das mulheres timorenses. Há muitas mulheres e homens que se podem casar, porque é que tem de haver casamento homossexual?”, questionou, acrescentando que se um dos seus filhos um dia se comportasse assim, “iria bater-lhe e castigá-lo”, porque isso seria “uma vergonha para a família”.

Anacleto Barreto, agricultor, considera que este comportamento surgiu no tempo da independência, depois de 2002. “No tempo português, homem e homem nunca se casavam. Se duas mulheres falavam e viviam intimamente, o lia nain da uma lulik chamava-as à atenção. Agora, na independência, os estrangeiros trazem este comportamento para aqui, os timorenses viram e imitam”. Para o sexagenário, a cultura e a religião católica não permitem este tipo de comportamento. “Fui à missa e ouvi a homilia do Bispo de Maliana, Dom Norberto do Amaral, sobre este assunto. Ele questionou como é possível um homem formar família com outro homem e uma mulher com outra mulher e como podem procriar. Somos cristãos, por isso, temos de educar os nossos filhos e filhas para não se comportarem como pessoas não católicas.”

De acordo com o psicólogo, Elvis do Rosário, o bullying exercido pelas mais diversas franjas da sociedade pode trazer danos psicológicos muito fortes e até irreversíveis. “É um comportamento que diminui o valor humano, a dignidade e a autoestima.”

A sociedade timorense defende “que o homem tem de casar com uma mulher e a mulher tem de casar com um homem”. A religião, num país maioritariamente católico, apregoa que “Deus criou homem e a mulher para procriar e é esse desígnio divino que devem respeitar, mas a natureza humana é muito mais complexa do que isto, e tem muitas mais variantes e possibilidades”. O psicólogo sublinha ainda que a psicologia, o acesso a um apoio especializado “pode fazer uma grande diferença no caminho para as pessoas se descobrirem e respeitarem a sua natureza, como homem ou mulher LGBTQI+”.

Orgulho LGBTQI+

A 29 de junho de 2017 celebrou-se, pela primeira vez, em Timor-Leste, o Dia do Orgulho LGBTQIA+, em Díli. O então Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, deixou uma mensagem sobre a importância da não discriminação com base nas diferentes orientações sexuais: “Discriminar e desrespeitar as outras pessoas por causa da sua orientação sexual e identidade de género não nos beneficia a todos, enquanto nação.” Apesar disso, “ainda temos muitas pessoas que são discriminadas e alguns jovens que continuam a viver situações de violência. Estas atitudes são crime e, por vezes, são as próprias famílias que as cometem” apontou.

No último mês de março, a publicação de uma imagem de uma bandeira LGBTQIA+ mesclada com a bandeira da República Democrática de Timor Leste (RDTL), gerou um debate entre jovens nas redes sociais, mais precisamente, na página do Facebook da Arcoiris.

“A discriminação baseada na orientação sexual é ilícita”

Entre os mais de 200 comentários, muitos vindos de jovens estudantes, podia ler-se que “a comunidade LGBTQIA+ vai contra o princípio do ordenamento do ser, porque impede a procriação”. Outro jovem publicou que “esta comunidade destrói a humanidade”. Um outro acusou a Arcoiris de “violar o princípio da soberania do Estado e de desrespeitar os mártires que morreram pela independência do país”.

A questão, que inicialmente se concentrou no ambiente virtual, acabou mesmo por chegar ao Parlamento Nacional, com alguns deputados a manifestarem-se contra o que consideraram ser “uma apropriação da bandeira de Timor-Leste e uma violação dos símbolos nacionais”.

Como resposta a estas declarações, a Arcoiris, que reclamava ter o direito de usar o desenho da bandeira, “tal como outras organizações já o fizeram antes”, solicitou à JU,S (Jurídico Social Consultoria), consultoria jurídica especializada em Direitos Humanos, um parecer jurídico, que a JU,S publicou na sua página de Facebook.

No parecer da JU,S, pode ler-se: “Na constituição da República Democrática de Timor-Leste definem-se os objetivos do Estado, nomeadamente ‘garantir e promover os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito pelo princípio do estado democrático’ (artigo 6.º) e, para além disso, ‘promover o princípio da não discriminação’ (artigo 16.º). Por isso, a discriminação baseada na orientação sexual é ilícita”.

Apesar do elevado número de comentários discriminatórios que se encontram nas redes sociais, o provedor dos Direitos Humanos e Justiça (PDHJ), Virgílio Guterres, disse que, no seu ainda curto mandato de quatro meses, não recebeu nenhuma queixa da comunidade LGBTQIA+. Para o provedor, “as pessoas não apresentam queixas por desconhecerem o trabalho da PDHJ. Outro fator é a pressão social, que leva a que muitas pessoas desta comunidade, que veem os seus direitos violados, ainda não tenham coragem de fazer queixa publicamente”.

O provedor avançou ainda que a PDHJ pretende trabalhar com as organizações com papel relevante na defesa da comunidade LGBTQI+, entre elas a Arcoiris Timor-Leste, Estrela+, a Fundação CODIVA, entre outras, para que o Governo crie leis para punir ataques pessoais nas redes sociais. “Esta lei visará regular medidas a aplicar às pessoas que atacam a privacidade, a dignidade física e psicológica dos outros incluindo os cidadãos LGBTQIA+ e pessoas deficientes”.

Embora Timor-Leste seja uma nação democrática, as pessoas ainda discriminam esta comunidade, seja através de assédio ou insultos, divulgação de boatos e mentiras, agressões físicas, roubo ou danificação de bens pessoais, ameaças, comentários, piadas ou gestos de natureza sexual. Mas, por outro lado, quando o assunto é a Igreja, não é raro ver manifestações públicas de apoio a altas figuras do clero condenadas e/ou sancionadas por crimes de abusos sexuais a menores, como aconteceu no recente caso das suspeitas relativas ao ex-bispo Bispo de Díli e Nobel da Paz, Ximenes Belo.

Respeitar as escolhas e o modo de vida de cada um só pode fazer do mundo um lugar melhor, sendo essa uma das muitas lutas diárias da comunidade LGBTQIA+. O amor entre pessoas do mesmo sexo não é e nunca será o problema. O problema são os preconceitos.

Ver os comentários para o artigo

  1. É um drama em muitos países. Não apenas em Timor-Leste.
    Porque será que as pessoas não conseguem colocar-se no lugar do outro?
    Porquê tanto ódio?
    Porque não tolerar os que são diferentes de nós?

    Há tanto para fazer nesta matéria, mas tanto!
    É claro que estas reportagens representam um contributo importante para ajudar a criar cidadãos mais tolerantes.
    Parabéns.
    Excelente trabalho.

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