O Diligente foi saber o que representa o Natal para alguns cidadãos estrangeiros, a forma como comemoram a data e os seus desejos natalícios
O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo. Instituída a 25 de dezembro pela Igreja Católica no ano de 350, esta festa religiosa cristã comemora-se em vários países do mundo. Árvores, pais natais e luzes fazem parte da decoração de muitos locais do mundo.
Também Díli se enche de árvores, luzes, balões cintilantes e músicas de Natal. Os presépios estão presentes nos bairros e realizam-se várias missas. Alguns timorenses voltam às montanhas para celebrarem a data com a família. Para muitos, o Natal é uma época de encontros e de reconciliação.
Mas o que representa o Natal para os estrangeiros residentes em Timor-Leste? O Diligente foi conversar com cidadãos de outras nacionalidades que passam esta época na ilha do sol nascente.
“A noção de humanidade é muito forte na sociedade timorense. Espero que se continue a ver esta qualidade, em gestos e espírito, nas famílias, na Igreja e na sociedade”
“Normalmente, gostamos de passar o Natal com a família. É normal que às vezes os malaes não queiram passar o Natal em Timor-Leste e não é culpa de Timor. Só que as famílias estão em outros sítios. No ano passado, passei-o em Portugal, mas este ano decidi passá-lo cá, porque me sinto muito bem aqui e tenho amigos que considero como a minha própria família.
No dia de Natal, vou ver o filme “It’s a wonderful life” [“Do céu caiu uma estrela”]. É um filme antigo, que vale muito a pena ver no tempo de Natal. Tenho almoço e jantar de Natal com outros amigos. Vamos preparar comida. São receitas antigas e tradicionais. Vai ser um Natal caseiro, ou seja, um Natal mais em casa com a família, neste caso, amigos, a família que escolhemos.
Fiquei muito surpreendido, porque em Timor-Leste a Missa do Galo começa às 18h. Normalmente, em Portugal, é à meia-noite. Gosto muito. Os padres são amigos, sobretudo os jesuítas de Taibessi. A missa é em língua portuguesa e os cânticos são em tétum ou português.
Desejo que o Natal seja um momento de festejos com a nossa família para ganharmos uma nova força e energia. Haja luz de Natal para que todos possamos ter mais amigos que nos ajudem neste caminho da vida. Que seja também um ano bom para Timor-Leste, um país ainda com muitas dificuldades. Vamos festejar e olhar com coragem para um futuro mais próspero.
Timor-Leste tem uma coisa muito boa que hoje em dia não conseguimos ver na Europa: a perspetiva do coletivo, de comunidade, que une as pessoas e faz com que se ajudem umas às outras. A noção de humanidade é muito forte na sociedade timorense. Espero que se continue a ver esta qualidade, em gestos e espírito, nas famílias, na Igreja e na sociedade.”
“Passar o Natal em Timor-Leste é melhor. Há mais alegria para mim e a minha família”
“Festejar o Natal em Timor-Leste é muito bom, porque partilhamos a mesma fé numa sociedade em que a maioria é católica. No meu país, festejamos também com alegria, mas a maior parte da população é muçulmana. Há limites para que as pessoas de outras religiões não sintam que somos demasiado festivos. É sensível para elas e temos medo que surjam sentimentos. Porém, em Timor-Leste somos livres, estamos confortáveis e mais descontraídos.
Aqui, as pessoas organizam-se para fazer presépios na berma das estradas, decoram as árvores com luzes de Natal ou tocam músicas de Natal em todo o lado. Vamos à missa nas igrejas e, depois de voltarmos, convidamos os familiares, vizinhos e amigos para casa.
Passar o Natal em Timor-Leste é melhor. Há mais alegria para mim e a minha família. Vivemos aqui há cinco anos e sentimo-nos confortáveis e seguros.
Para mim, celebrar o Natal é melhor do que comemorar a passagem do ano, porque, no Natal, celebramos o nascimento de um salvador. No entanto, normalmente, no Ano Novo vou ao Cristo Rei para refletir: ‘O que devemos fazer? Estamos melhor?’.
Desejo um Natal feliz para toda a minha família e amigos em Timor-Leste e Indonésia. É muito importante cuidarmos de nós próprios. Festejar o Natal, mas não em demasia, bebendo e criando problemas que ponham a vida em risco.”
“O facto de Timor-Leste ser um país com 95% de católicos ajuda-me a manter a minha tradição católica, apesar de estarmos na Ásia ou no outro lado do mundo”
“Trabalho aqui e, muitas vezes, para ir para Portugal, tenho de fazer algumas contas à vida, porque é caro, demora tempo e é preciso tirar férias. Já passei o Natal cá no ano passado. Foi bom e não houve problemas. Este ano decidi também passar em Timor-Leste.
É normal que os portugueses tenham saudades de casa, porque o Natal é um momento de estarmos com a família, mas há cá uma comunidade portuguesa que é uma espécie de grande família. Estamos muito longe do nosso país, apoiamo-nos sempre uns aos outros e acabamos por criar relações muito fortes entre nós.
Timor-Leste é um país encantador e esta é uma das razões pelas quais vivo cá, não só pelo povo, mas também pela paisagem e simplicidade de vida, história e tradições.
O facto de Timor-Leste ser um país com 95% de católicos ajuda-me a manter a minha tradição católica, apesar de estarmos na Ásia ou no outro lado do mundo.
Neste Natal, devíamos fazer com que as pessoas demonstrassem carinho umas com as outras. Timor-Leste é um país com pessoas de uma bondade extrema. É uma lembrança para ajudar o próximo, uma mensagem de caridade e de amor e um mote para o próximo ano. Em relação aos jovens, acho que devem pensar mais no futuro e no desenvolvimento do país.”
“Espero que, com o nascimento de Jesus, possamos fortalecer os sentimentos de amor e unidade entre todos”
“O Natal é um dia de festa religiosa para os católicos e cristãos por lembrar o nascimento de Jesus. Normalmente, para celebrarmos este dia especial, fazemos como os timorenses: decoramos os espaços públicos e privados com luzes e árvores de Natal, jantamos com a família ou tocamos músicas. É um momento de alegria e feliz que devemos aproveitar com os nossos familiares.
Vou passar o Natal, este ano, em Timor-Leste, porque cheguei há pouco tempo de férias. Os meus pais e os meus colegas já regressaram ao Nepal, mas não fico sozinho. Ainda tenho amigos nepaleses e timorenses com quem vou festejar. No ano passado, passei o meu Natal cá, com alguns colegas. Foi bom e divertido.
Apesar de termos diferentes crenças, temos só um objetivo, que é Deus. Espero que, com o nascimento de Jesus, possamos fortalecer os sentimentos de amor e unidade entre todos, especialmente entre os timorenses, para que seja uma comunidade mais forte.”
O Natal e tempo de paz e de reconciliacao! Depois de um ano de sofrimento e desgraca, roubalheira ao POVO, etc… vem com “falinhas mansas’. QUE CORAGEM! Atirar areia pros olhos de um POVO sofredor?
Que tal terem a coragem de dizer ao POVO; “MEA CULPA, MEA CULPA, MEA CULPA”, eu prometi mundos e fundos na campanha para as eleicoes, ciente que nao podia “deliver the goods” ? I took you for a ride, yet again
Que porca miseria! O nosso POVO tem um CORACAO muito grande e pode- vos perdoar desde que publicamente reconhecam os VOSSOS ERROS! THATS THE SPIRIT OF CHRISTMAS AND FORGIVENESS! Any thing else fells SHORT and is no more than BULL SHIT!
O POVO assim o merece. Deixem-se de cantigas e contos de fadas!