Álvaro Vasconcelos, de Ponilala, no distrito de Ermera, é diretor nacional do Arquivo & Museu da Resistência Timorense (AMRT, IP), onde trabalha desde 2011. Nesta conversa, o sobrevivente do Massacre de Santa Cruz conta como a guerra influenciou a sua infância e vida académica, mas não o espírito que o levou a participar nas manifestações.
Em 1991, foi perseguido, capturado e torturado pelos militares indonésios, por ser ativista e ter participado em manifestações pela independência de Timor-Leste. “A morte é certa e justa”, era um dos dos princípios que alimentavam a coragem dos jovens naquele momento, recorda Álvaro Vasconcelos.
É um timorense que ama a língua portuguesa, usando-a no dia a dia, sempre que pode, mesmo quando o idioma era proibido. Em 1999, trabalhou como intérprete na Organização das Nações Unidas (ONU), tendo sido colocado em Saré-Hatólia, Ermera, para o processo de socialização da Consulta Popular.
Acompanhe a conversa e ouça a música que o guia normalmente canta para os visitantes do Arquivo & Museu da Resistência Timorense.