O que pensam os cidadãos sobre a visita de Prabowo Subianto a Timor-Leste?

O Primeiro-Ministro timorense, Xanana Gusmão e o Presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto/Foto: DR

O convite de Xanana Gusmão ao presidente indonésio, Prabowo Subianto – suspeito de envolvimento em graves violações de direitos humanos durante a ocupação de Timor-Leste – para participar no 49.º aniversário da proclamação da independência, no próximo 28 de novembro, gera reações intensas. Entre a sede de justiça e o imperativo da diplomacia, a sociedade timorense encontra-se dividida.

Durante a ocupação indonésia, as forças sob o comando de Prabowo foram acusadas de cometer abusos sistemáticos, incluindo torturas, execuções sumárias e desaparecimentos forçados. A Comissão de Verdade e Amizade, criada em 2005, documentou esses crimes, destacando a responsabilidade de Prabowo em várias operações violentas contra a resistência timorense. Os relatos de testemunhas e ex-militares revelam a brutalidade das táticas utilizadas, que resultaram na morte de milhares de civis e combatentes.

A presença de Prabowo em Timor-Leste, em uma data tão significativa para a história do país, é vista por muitos como um insulto à memória das vítimas e um desafio à busca por justiça. Para o governo timorense, no entanto, a visita pode representar uma oportunidade para fortalecer laços diplomáticos com a Indonésia. Apesar disso, muitos timorenses consideram desrespeitosa a presença de Prabowo nas comemorações da independência, devido ao seu histórico.

O convite dirigido a Prabowo por Xanana Gusmão foi feito no dia 20 de outubro, durante a cerimónia de tomada de posse do Presidente da República da Indonésia, Prabowo, e do Vice-presidente Gibran Rakabuming Raka, em Jacarta.

A possível visita de Prabowo Subianto a Timor-Leste não apenas revive memórias dolorosas do passado, como também expõe a complexidade das relações entre os dois países. Enquanto o governo procura promover a cooperação e fortalecer vínculos diplomáticos, a população continua a reclamar por justiça e pelo reconhecimento das violações sofridas. Assim, o dia 28 de novembro, que marca o aniversário da Proclamação Unilateral da Independência em 1975, poderá ser um momento de celebração, mas também de reflexão sobre o legado da ocupação e a luta contínua pelos direitos humanos.

Para muitos timorenses, a visita de Prabowo representa um lembrete doloroso das violações de direitos humanos cometidas durante a ocupação indonésia. A história de repressão e sofrimento ainda ressoa profundamente na memória coletiva, levando muitos a sentirem que a sua presença durante uma celebração nacional é inapropriada e desrespeitosa.

Por outro lado, alguns cidadãos apoiam e concordam com a visita de Prabowo, considerando-a uma oportunidade de fortalecer as relações diplomáticas e fomentar a cooperação entre Timor-Leste e a Indonésia. Para estes cidadãos, o passado deve ser lembrado, mas é necessário olhar em frente e promover um diálogo construtivo que permita resolver questões pendentes e promover a paz e a estabilidade na região. Acreditam que a presença de Prabowo pode simbolizar um passo importante para a reconciliação e para o desenvolvimento de laços de amizade que beneficiem ambos os países.

“É essencial seguir o caminho da reconciliação, pois somos um país pequeno que acabou de se libertar e, por isso, precisamos ainda mais dos nossos vizinhos”

Vidal De Jesus “Riak Leman”, presidente do Conselho de Combatentes da Libertação Nacional/ Foto: Diligente

“Vi nas redes sociais que o Primeiro-ministro convidou Prabowo Subianto para visitar Timor-Leste no dia 28 de novembro, quando participou na cerimónia da tomada de posse do Presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto, e do Vice-presidente, Gibran Rakabuming Raka. Agora, a tragédia já passou, muitas pessoas morreram neste país e são esses mortos que lamentamos. Porém, precisamos de olhar em frente, pois é muito importante ter um bom relacionamento com os países vizinhos, como a Austrália e a Indonésia.

Por isso, Xanana, enquanto primeiro-ministro, está a promover a reconciliação, que deve ser seguida por todos. Precisamos de seguir o pensamento que Xanana propõe para a reconciliação com a Indonésia. O pedido de desculpas depende do presidente indonésio, mas é uma questão moral.

Para nós, é fundamental manter uma relação amistosa com os países vizinhos. É importante, pois muitos dos nossos jovens estão a estudar na Indonésia, e Timor-Leste recebe apoio deste país em várias áreas.

Durante a ocupação, muitas pessoas morreram, tanto timorenses como indonésios. Portanto, é essencial seguir o caminho da reconciliação, pois somos um país pequeno que acabou de se libertar e, por isso, precisamos ainda mais dos nossos vizinhos.

Também perdi familiares na guerra, incluindo o meu pai e a minha mãe, que faleceram em 1978. Todos nós que estivemos envolvidos na luta armada não devemos esquecer os mortos, pois defendemos algo grandioso. Agora que alcançámos a vitória, precisamos de lutar ainda mais pelo desenvolvimento. Embora o nosso país seja livre, o nosso povo ainda não é totalmente. Por isso, ainda precisamos do apoio dos países vizinhos. Durante a tragédia, muitos países apoiaram-nos, e continuam a fazê-lo para que possamos reduzir a pobreza.”

“É inaceitável que um criminoso visite Timor nesta data, é um desrespeito pela luta do povo timorense”

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Nelson Roldão Xavier, membro do Sentru ba Haburas Movimento Direitos Humanos/ Foto: Diligente

“Entendemos que, nas relações bilaterais entre a Indonésia e Timor-Leste, ambos os países precisam, em princípio, de construir uma relação positiva. No entanto, ao considerar o que aconteceu no passado, os dois governos têm a obrigação de reconhecer a situação das vítimas, pois já se passaram muitos anos e estas continuam a viver em sofrimento, com estigmas persistentes nas suas vidas. Além disso, ainda há familiares que desapareceram durante a guerra.

Acredito que esta situação precisa de ser abordada, especialmente quando discutimos a visita de Prabowo a Timor-Leste. Pessoalmente, considero que o Estado indonésio deve adotar uma posição mais clara em relação às vítimas em Timor-Leste.

A posição atual de Prabowo como presidente da República da Indonésia é uma questão à parte, mas os crimes cometidos em Timor-Leste devem ser-lhe imputados individualmente, pois ele agiu sob a orientação do Estado para causar muito dano em Timor. Apelo às vítimas em Timor-Leste que se unam para exigir a responsabilidade de Prabowo pelos crimes cometidos. Só assim as vítimas, os prisioneiros políticos e todas as outras questões, especialmente as famílias que continuam a sofrer, poderão ser atendidas.

Peço que Prabowo Subianto, como antigo comandante militar e agora presidente da República da Indonésia, assuma sua responsabilidade, pois ocupa um cargo de relevo numa instituição indonésia. Ele deve usar esta posição de forma a promover o diálogo com o povo de Timor-Leste. Deve, ainda, ser proativo em reconhecer as iniciativas de reparação e assumir responsabilidade pelos seus atos em Timor.

Seguindo as recomendações recebidas, é evidente que todos os envolvidos na invasão de Timor-Leste, como Prabowo Subianto e os seus aliados, têm a obrigação de mudar as suas posturas e contribuir para as reparações às vítimas, assumindo a responsabilidade pelos crimes cometidos. A história de Timor-Leste, segundo as recomendações do Centro Nacional, deixa claro que o Estado Indonésio e todos os estados que contribuíram têm a obrigação de fornecer reparações às vítimas.

Observamos a reação das vítimas à presença de Prabowo em Timor-Leste, que representa um lembrete da luta do povo de Timor desde 1975. O povo timorense resistiu contra a opressão indonésia, e agora vamos celebrar a nossa independência no dia 28 de novembro. É inaceitável que um criminoso visite Timor nesta data, é um desrespeito pela luta do povo timorense. Os líderes devem entender que o sofrimento do povo não pode ser ignorado. Têm a obrigação de prestar contas ao povo e de agir em resposta às suas vozes. É imperativo que a liderança escute os pedidos populares e reconheça suas obrigações.”

“Prabowo Subianto deve promover um diálogo construtivo, reconhecer o sofrimento do povo e trabalhar em direção à reconciliação.”

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Jaime Francisco de Jesus, Adjunto do Secretário-geral do Comité 12 de Novembro/Foto: Diligente

“A ideia geral e o sentimento do povo timorense em relação a Prabowo Subianto, que se tornou presidente da Indonésia e está prestes a visitar Timor-Leste, são complexos. Todos foram vítimas do regime militar indonésio, e Prabowo é apontado como um dos principais responsáveis por violações dos direitos humanos. Muitas pessoas, incluindo generais como Ali Mustopo e o general Murdani, estiveram envolvidos em violações dos direitos humanos, não apenas Prabowo. O povo timorense continua a sofrer devido ao histórico de abusos e, apesar de agora possuir uma nova perspetiva de vida, ainda vive com as marcas do passado.

A situação das vítimas do massacre de 12 de novembro é um lembrete constante das atrocidades cometidas pelas forças armadas indonésias. Nós, as vítimas, continuamos a sentir dor e tristeza, e os nossos familiares ainda vivem com a perda. O povo de Timor sente que, apesar da luta pela independência, os direitos humanos permanecem uma questão que não pode ser ignorada. É essencial que a Indonésia respeite e reconheça as consequências das suas ações. A presença de Prabowo em Timor-Leste pode ser vista como um símbolo de opressão, e muitos timorenses acreditam que ele deve ser responsabilizado pelos seus atos passados. Prabowo Subianto deve promover um diálogo construtivo, reconhecer o sofrimento do povo e trabalhar em direção à reconciliação. A comunidade internacional também deve avaliar as ações cometidas em Timor.

Estamos cientes de que a relação entre Timor-Leste e a Indonésia, bem como com a Austrália, é importante. Embora a Indonésia já não ocupe Timor, ainda existem tensões que precisam de ser resolvidas. A comunicação social indonésia deve abordar estas questões de forma justa, e o povo de Timor precisa de ser ouvido. As diferentes forças políticas em Timor, como o CNRT e a FRETILIN, devem permanecer unidas. A unidade nacional é fundamental para a nossa luta contínua. Em relação ao massacre de 12 de novembro, é necessário que exista apoio político para a reconciliação, como já foi sublinhado por Xanana Gusmão. Precisamos de avançar com este processo, reconhecendo que a reconciliação é vital para o futuro do nosso país.

Se a Indonésia pretende uma relação positiva, deve considerar as vozes do povo timorense e não ignorar o seu sofrimento. O futuro de Timor-Leste deve ser construído com base na paz e na justiça, e devemos garantir que as novas gerações tenham acesso a uma educação adequada, para que não enfrentem os mesmos conflitos vividos pelo povo timorense. Quanto à visita do presidente a Timor-Leste, considero-a natural, uma vez que se trata de uma visita de Estado. Esta visita pode ser um passo positivo, mas é fundamental que o passado não seja ignorado. Precisamos de aprender com as nossas experiências e preparar-nos para um futuro melhor. A reconciliação deve ser uma prioridade, e a esperança é que possamos avançar juntos, focando no bem-estar do nosso povo e construindo uma nação pacífica.”

“É essencial discutir a reparação dos direitos das vítimas de tortura e violência sexual, pois sem esse reconhecimento, muitas continuarão a viver com o peso das suas experiências.”

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Amandina Maria Helena Da Silva, ativista de direitos humanos/ Foto: Diligente

“Para mim, a visita de Prabowo não é importante, pois as vítimas dos seus atos ainda sofrem. A verdadeira reconciliação deve começar com as vítimas, que precisam de confrontar os principais responsáveis e exigir desculpas pelos direitos que lhes foram negados. Mais do que a presença de Prabowo, é fundamental que se respeitem as condições das vítimas, permitindo-lhes recuperar-se. A sua vinda a Timor pode reavivar traumas, sobretudo entre as vítimas de violência sexual. Por isso, se o Estado decidir recebê-lo, essa decisão deve ser bem justificada e sensível a estas questões.

Prabowo precisa de reconhecer as suas ações e pedir desculpas. É essencial discutir a reparação dos direitos das vítimas de tortura e violência sexual, pois sem esse reconhecimento, muitas continuarão a viver com o peso das suas experiências. A recuperação exige mais do que desculpas; são necessárias ações concretas do Estado para demonstrar respeito por estas pessoas.

O trauma persiste, e muitas vítimas ainda enfrentam discriminação e carregam o peso da violência passada. Se o Estado deseja realmente enfrentar a sua história, deve responsabilizar os autores dos crimes. As vítimas precisam continuar a lutar e a fazer-se ouvir. Mesmo sem reconhecimento formal, as suas vozes e experiências são fundamentais, pois enfrentaram a opressão e lutaram por direitos e reparações que ainda são necessários.”

“Esta visita pode estabelecer uma relação mais positiva e construtiva entre os dois países.”

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Cesaltino De Jesus, Senado da Faculdade de Ciências Sociais / Foto: Diligente

“A situação do passado continua a ser relevante. A visita do primeiro-ministro timorense à Indonésia pode contribuir para fortalecer as relações entre Timor-Leste e a Indonésia. É importante reconhecer que Timor-Leste ainda mantém laços significativos com questões indonésias, e esta visita representa uma oportunidade para reforçar os laços diplomáticos entre os dois países, especialmente considerando os desafios enfrentados no passado pelo povo timorense em relação à Indonésia. Esta visita pode estabelecer uma relação mais positiva e construtiva entre os dois países.

Ao refletir sobre as dificuldades passadas, devemos reconhecer a conquista da liberdade, mas também a necessidade de continuar a trabalhar para superar os desafios. É fundamental focarmo-nos no futuro e nos nossos objetivos, garantindo que as relações externas sejam uma prioridade para que possamos avançar como nação.”

“O papel de Prabowo nos massacres e a sua ligação a estas tragédias não pode ser ignorado e deve ser considerado nas discussões sobre as relações bilaterais”

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Duarte da Costa, vendedor de pulsa e cigarros/ Foto: Diligente

“O governo e os líderes devem ponderar cuidadosamente antes de permitir a visita de Prabowo a Timor-Leste. Como sabemos, a sua presença no país durante os conflitos de 1995 resultou na morte de muitos timorenses, e as consequências ainda se fazem sentir. É crucial refletir sobre o impacto das mortes que ocorreram entre 1975 e 1999, um período em que inúmeros timorenses perderam a vida. O papel de Prabowo nos massacres e a sua ligação a estas tragédias não pode ser ignorado e deve ser considerado nas discussões sobre as relações bilaterais.

A abordagem destas questões exige que Prabowo esteja disposto a assumir as suas responsabilidades e a reconhecer o sofrimento que causou. Muitas famílias e vítimas ainda vivem com a dor e as consequências destas perdas, e a maioria não teve a oportunidade de encontrar justiça. Eu próprio vivi estas tragédias há três anos e continuo a enfrentar as suas repercussões.

Apelo aos líderes que considerem cuidadosamente a presença do presidente indonésio em Timor-Leste e o impacto que esta pode ter na resolução das feridas do passado. Como nação, não podemos esquecer a nossa história. Precisamos de aprender com ela e abordá-la de forma diferente, para construir um futuro mais justo.”

“Eles, os que têm poder, veem isso, mas mesmo assim percebem o nosso sofrimento sem o reconhecerem plenamente, pois as forças armadas da Indonésia deixaram-nos marcas profundas”

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Bendita Antónia Da Silva “Bi-Henek”, membro da Organização Popular da Mulher Timorense (OPMT)

“Os líderes devem sentir vergonha, enquanto nós continuamos a carregar a dor e o sofrimento que persistem. Eles, os que têm poder, veem isso, mas mesmo assim percebem o nosso sofrimento sem o reconhecerem plenamente, pois as forças armadas da Indonésia deixaram-nos marcas profundas. Muitos dos nossos irmãos e civis perderam a vida, e continuamos a questionar o porquê de tudo isto.

Quando nos capturaram, fomos punidos sob a bandeira vermelha e branca e as feridas que nos infligiram ainda nos causam sofrimento. Os líderes devem partilhar desta vergonha que sentimos como povo e lembrar-se de que somos vizinhos. Esta questão não deveria ser um problema apenas para Timor-Leste. As consequências de toda esta violência são vividas pelas vítimas e devem ser reconhecidas.

Hoje, entrego a responsabilidade aos líderes que compreendem a nossa dor, mas continuo a refletir sobre a tristeza profunda que persiste. A minha família viveu este sofrimento, e sou a única sobrevivente.”

“A presença de Prabowo em Timor deve ser compreendida à luz destes eventos históricos, sublinhando a urgência de uma reconciliação que promova um diálogo sincero, reconheça o sofrimento do passado e almeje um futuro de paz e amizade entre as nações”

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Mariana Belo da Luz, residente em Quintal-Boot/ Foto: Diligente

“Refletir sobre o passado de Prabowo e o seu papel como líder das forças indonésias é lembrar o impacto trágico das ações das forças armadas, que resultaram na morte de muitos jovens timorenses, com quase metade da população de Timor-Leste a perecer durante esse período sombrio.

Apesar dos desafios políticos que ainda enfrenta, a Indonésia continua a lidar com as repercussões dos crimes cometidos, perpetuando uma perceção negativa. O 12 de novembro simboliza não só uma tragédia histórica, mas também uma realidade ainda sentida por muitos. É fundamental que avancemos no caminho da reconciliação, reforçando laços de amizade entre os dois países para resolver as questões pendentes e construir um futuro pacífico. Nas imagens que captam essa realidade, vemos vítimas de violações de direitos, incluindo violência sexual, que continuam a carregar a dor e a tristeza de experiências passadas, marcando as suas vidas até aos dias de hoje.

A visita de Prabowo a Timor é um tema sensível, considerando o histórico de violência e violações de direitos humanos que caracterizaram a relação entre a Indonésia e Timor-Leste. As consequências da ocupação ainda são vividas por muitas famílias que perderam entes queridos nos conflitos.

A memória do passado merece respeito, especialmente para aqueles que foram vítimas e que continuam sem justiça. Neste contexto, importa evocar a liderança de Nicolau Lobato, ex-presidente de Timor-Leste, símbolo da luta pela liberdade e dignidade do povo timorense. A presença de Prabowo em Timor deve ser compreendida à luz destes eventos históricos, sublinhando a urgência de uma reconciliação que promova um diálogo sincero, reconheça o sofrimento do passado e almeje um futuro de paz e amizade entre as nações.”

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