Timor-Leste conquistou a independência da Indonésia em 2002, após uma longa e árdua luta pela autodeterminação. Esta história está marcada por um período de ocupação e conflito, especialmente durante o domínio indonésio, de 1975 a 1999. Após o referendo supervisionado pela ONU em 1999, Timor-Leste conseguiu a independência, mas o processo de transição foi acompanhado de violência e deslocação populacional. Desde então, o país tem envidado esforços para construir um sistema político estável e desenvolver a sua economia, ainda que continue a depender fortemente das reservas de petróleo e do apoio internacional.
O percurso de desenvolvimento de Timor-Leste é notável dados os seus desafios, como a reconstrução de infraestruturas, a criação de instituições e a promoção da coesão social no rescaldo do conflito. Sob a liderança de figuras históricas de referência, o progresso tem sido significativo em áreas como a educação, a saúde e a redução da pobreza, embora ainda não tenha atingido o seu máximo potencial. O papel dos líderes históricos — Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, José Ramos-Horta, Taur Matan Ruak e outros — foi crucial para alcançar a independência e continuará a ser essencial. Obrigado por continuarem a reconhecer que preservar o vosso contributo é fundamental para o futuro de Timor-Leste nas próximas fases.
Por outras palavras, o futuro de Timor-Leste, passados 25 anos, não pode ficar dependente dos líderes históricos do passado, mas reconhecer o papel indispensável que os líderes do passado desempenharam na garantia da liberdade e da soberania do futuro de Timor-Leste. O futuro de Timor-Leste não deve ser moldado pela excessiva dependência da liderança passada, mas pela integração cuidadosa das lições e princípios deixados por eles.
Se olharmos para o futuro de Timor-Leste, é imprescindível reconhecer que o país não pode continuar a depender exclusivamente dos seus líderes históricos. Com todo o respeito e gratidão, é fundamental que a transição de responsabilidades seja feita. O contributo dos líderes históricos é inegável e será sempre parte essencial da construção da nação.
Os líderes históricos, como Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, José Ramos-Horta e Taur Matan Ruak, desempenharam um papel essencial na luta pela independência e na consolidação do país. O seu legado é inquestionável, e o seu contributo nunca será apagado da história de Timor-Leste. Todavia, é vital que a nova geração assuma a responsabilidade de liderar o país rumo ao futuro. Os 25 anos de estabilidade nacional proporcionaram valiosas lições às novas gerações, e cabe a elas utilizar esse conhecimento para dar continuidade ao progresso do país.
O futuro de Timor-Leste não será garantido apenas com a veneração do passado. A coragem para enfrentar os desafios modernos exige uma visão renovada e uma liderança inovadora. Não se pode permitir a estagnação do progresso, nem o bloqueio de ideias e soluções criativas.
A juventude de Timor-Leste, que representa cerca de 70% da população, constitui o maior ativo do país. Esta maioria jovem está preparada para assumir responsabilidades e tomar decisões cruciais para o desenvolvimento de Timor-Leste. Trata-se de uma geração com mais acesso ao conhecimento, mais informada e mais consciente do seu papel na construção de um futuro próspero e sustentável. Para isso, é imperativo que a liderança passada inicie um processo de transição do legado histórico e comece a entregar o poder, gradualmente, à nova geração. Esta transição deve incluir a formação e capacitação dos jovens, incentivando o pensamento crítico e a liderança responsável, de forma a garantir que Timor-Leste tenha uma liderança capaz de enfrentar os desafios do futuro.
Ouvimos frequentemente, em discursos formais e informais, que “o futuro de Timor-Leste está nas mãos dos jovens”. No entanto, muitas vezes, estas palavras são usadas de forma retórica, sem uma efetiva transferência de responsabilidades. Para alguns líderes históricos, expressões como “a minha última bala, a minha vitória” refletem uma visão de poder vitalício, em que o palco só será cedido com a morte. Esta mentalidade é, em parte, um obstáculo para a evolução de Timor-Leste. A nova geração não pode mais esperar. É tempo de assumir a liderança e tomar as rédeas do destino do país.
Os jovens timorenses compreendem que a oportunidade de moldar o futuro chegou. Em breve, Timor-Leste será membro da ASEAN, da Organização Mundial do Comércio (OMC) e continuará a ter um papel ativo na CPLP e no G7+. Estes novos desafios exigem uma liderança audaz, que esteja aberta a novas ideias, estratégias inovadoras e abordagens mais inclusivas. É necessária uma governação participativa e responsável, que promova a inclusão cívica e implemente soluções para os desafios modernos.
O Timor-Leste que todos desejamos é um país forte, rico e seguro, um futuro resiliente, próspero e sustentável. No entanto, para que isso se concretize, o país deve encontrar um equilíbrio entre a preservação do seu legado histórico e a inovação. É preciso aceitar a modernização, enfrentar os desafios económicos, ambientais e sociais contemporâneos e adotar uma abordagem de governação mais transparente e participativa.
Incentivar estratégias de desenvolvimento inclusivas, alavancar a tecnologia e adotar práticas sustentáveis. Os esforços de modernização devem também centrar-se na diversificação da economia, na melhoria das infraestruturas e na resposta aos impactos das alterações climáticas, garantindo que o progresso é inclusivo e ambientalmente consciente.
À medida que luta pelo progresso, Timor-Leste deve continuar a honrar o seu legado histórico, incorporando as lições de resiliência, unidade e soberania nas suas estratégias futuras. Os princípios e sacrifícios dos seus líderes históricos servem de quadro orientador para enfrentar os desafios atuais e futuros. Integrar o valor da mudança de modernização e celebrar a sua história passada para abraçar oportunidades de inovação e crescimento da amada nação de Timor-Leste no futuro.
Já passaram 25 anos, por isso, obrigado e desculpem, líderes históricos de Timor Leste.
O futuro de Timor-Leste será melhor, quando estiverem prontos para deixar o legado do passado.
Quintiliano A. Belo, mestrado na área da agricultura e desenvolvimento na Universidade da Gadjah Mada, Indónesia, é um official Senior do Ministério da Agricultura, Floresta, Pecuária e Pescas (MAFPP). É membro ativo do Movimento Timor Avante (MOTIVA), criado em 2023 com o objetivo de preparar os jovens para liderar o país.
Gostei imenso, mas os lideres historicos calcam sapatos de chumbo. Na giria futebolistica sao os Ronaldos de TL. Ora venha mais outro campeonato.
Querido Pai Natal
Este Natal gostaria de pedir uma equipa de futebol para TL formada por jogadores que facam a “diferenca” no resultado positivo e vitoria ao fim da partida.
Na baliza queria EDUCACAO.
Na defesa gostaria de ter a SAUDE, JUSTICA, DIREITOS HUMANOS, IGUALDADE DAS MULHERES.
No miolo do terreno, gostaria de ter verdadeiras alternativas ao petroleo uma vez que e dali que partem as jogadas da vitoria.
TURISMO, AGRICULTURA, PESCAS e PECUARIA.
Como avancados, BOM SENSO, ELECTRICIDADE, AGUA CANALIZADA, CASAS COM WC
Como suplentes gostaria de ter EDUCACAO 1, EDUCACAO 2, EDUCACAO 3, pois se faltar a eletricidade, temos a quem socorrer que nao seja velas ou petromax
Nesta equipa a FRATERNIDADE sem JUSTICA nao tem lugar.
Por favor Senhor Pai Natal seja bonzinho.
Ze do Povo de TL
A avaliar pelas estatísticas do conjunto dos países da ASEAN, Timor Leste está a ficar cada vez mais atrasado em relação a eles. Quem criou esta situação? A geração ainda no poder e que já demonstrou qua não é capaz de liderar o futuro do país. A geração da independência (todos na cada dos 70 anos e pouca formação académica) já devia ter deixado o poder há 10-15 anos, devendo ter sido substituída pela geração mais nova (35-50 anos) e com melhor formação académica. Um membro desta geração sintetizou, há anos, o que ela pensa: “os velhos lutaram pela independência, deixe-os governa”! ERRADÍSSIMO! Os conhecimentos essenciais para governar um país independente são muito maiores do que os que os “katuas” têm. 24 anos de mato não formam um gestor de um país independente! Como a experiência de TL nos últimos 24 anos o demonstra!
E verdade Professor Serra.
E muito triste e a culpa e tambem daqueles que continuam a votar neles eleicao atras de eleicao. O que sera necessario para eles verem aquilo que esta debaixo dos olhos, o continuar da miseria, educacao, saude, justica, direitos humanos, o futuro das criancas de Timor. E os katuas sejam quais forem que estejam no poder, arranjam logo tacho, para todos aqueles que por la passaram anteriormente. Mas que grande irmandade. So o Ze povinho nao tem essa sorte.