Novo espaço em Díli vai homenagear história da resistência

Jardim da Chama Eterna representa investimento público de mais 5 milhões de dólares americanos/Foto: Diligente

O Arquivo e Museu da Resistência Timorense (AMRT) juntamente com as empresas locais Star King e DMF Acesso (numa Joint Venture) e os lian nain (anciãos) de Díli realizaram, esta quarta-feira, uma cerimónia cultural para dar início à construção de um novo espaço na cidade, o Jardim da Chama Eterna. Este será um local de exposição que pretende retratar dois períodos da História de Timor-Leste: a administração colonial portuguesa e a invasão indonésia no país.

Na cerimónia, retiraram-se os objetos sagrados que tinham sido enterrados naquele local aquando do lançamento da primeira pedra, em 2015. Através deste ritual, pede-se à natureza que permita às empresas realizarem o seu trabalho.

O Diretor Executivo e Presidente do AMRT, Hamar António Alves, explicou que a obra que deverá estar concluída dentro de 18 meses, pretende valorizar e reconhecer os sacrifícios e a luta dos heróis pela libertação da pátria. “O projeto vai ter também um edifício com um espaço de exposição permanente dos períodos marcantes da História do país”, afirmou.

A construção deste espaço representa um investimento público que ascende os 5 milhões de dólares americanos.

“Garantimos que a obra estará concluída dentro do prazo estipulado, se a chuva não interromper o trabalho”, afirmou o engenheiro da empresa Star King, Alfredo Jacinto.

O AMRT é uma entidade cultural que se propõe a realizar, promover e patrocinar ações de natureza cultural, científica e educativa nos domínios da preservação e divulgação da memória da luta de resistência do povo de Timor-Leste, do reconhecimento e valorização social dos veteranos, da consolidação da identidade nacional, da História contemporânea de Timor-Leste e da promoção da paz e do respeito pelos direitos humanos.

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  1. Que boa notícia!
    Tenho visitado e recomendado o AMRT, mas sinto mesmo muito a falta de mais sítios /museus com informação histórica e antropológica,em linguagem acessível e cujos conteúdos interpelam os visitantes.
    Hoje estive no Centro Nacional Chega e venho decepcionada com a desorientação na qualidade de visitante: não há informações em pt.e os recursos multimedia estão fora de serviço…Ao sair quando quis comprar informação em livro a funcionária já tinha desaparecido….O passado histórico merece melhor e é como se diz, não podemos matar 2 vezes,agora pelo esquecimento, quem tanto sofreu e sobreviveu à violência colonial mais recuada e mais recente
    Preservar memórias é abrir caminhos para o futuro.
    Que tudo corra bem!

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